Um ataque com drones atingiu uma base militar dos EUA, na região fronteiriça entre a Jordânia e a Síria, resultando na morte de três soldados americanos e deixando outros 25 feridos, conforme relatado pelo Comando Central dos Estados Unidos. Este incidente marca a primeira vez que as forças armadas dos Estados Unidos sofrem baixas em um ato de hostilidade desde o início do conflito entre Israel e o Hamas.
No entanto, as autoridades jordanianas negaram que o ataque tenha ocorrido em seu território, afirmando que a base-alvo está localizada em solo sírio. O porta-voz do governo jordaniano, Muhanad Mubaidin, afirmou em um comunicado televisivo que o ataque não foi direcionado às forças americanas na Jordânia, mas sim à base na Síria, próxima às fronteiras jordaniana e iraquiana.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, prometeu uma resposta robusta ao ataque, atribuindo-o a grupos militantes radicais apoiados pelo Irã que operam na região. “Não há dúvidas: vamos responsabilizar todos os envolvidos no momento e da maneira que escolhermos”, declarou Biden em um comunicado oficial. “Embora ainda estejamos reunindo informações sobre este ataque, sabemos que foi perpetrado por grupos militantes radicais apoiados pelo Irã que operam na Síria e no Iraque”, acrescentou o presidente.
O Irã, por sua parte, está tomando distância do assunto e negou participação no ataque. Segundo a The Economist, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores disse que as acusações de envolvimento do Irã na morte de soldados dos EUA foram “infundadas”, chamando-as de “conspiração” por aqueles “interessados em arrastar os EUA para um novo conflito na região para intensificar a crise”.
A agência oficial do governo iraniano, IRNA, afirmou que a a República Islâmica “não tinha conexão com esses ataques, e os confrontos são entre o exército dos EUA e grupos de resistência na região, que se confrontam mutuamente”.
Congressistas norte-americanos do partido Republicano emitiram suas opiniões sobre o ataque, alguns manifestando uma vontade de atacar não a Jordânia nem a Síria, mas o Irã. O senador Lindsey Graham escreveu no seu perfil X: “Bata no Irã agora. Bata neles com força”.