O Banco Central publicou a ata da última reunião, que ocorreu em 8 de maio, quando houve divisão na diretoria sobre o ritmo de corte da taxa de juros. A redução de 0,25 ponto percentual na Selic, a taxa básica de juros foi decidida por 5 votos a 4 por integrantes do colegiado. Todos os que votaram pelo corte de meio ponto percentual foram indicados por Lula. No entanto, o atual chefe da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, teve o voto desempate.
A repercussão veio à tona porque essa foi a 1ª vez, depois de 5 reuniões com unanimidade, que o Comitê de Política Monetária registrou posicionamentos diferentes. Esse ‘racha’ teve um efeito nocivo no mercado financeiro, com queda da bolsa de valores e alta do dólar.
“Em sua conclusão, o Comitê avalia que o cenário prospectivo de inflação se tornou mais desafiador, com o aumento das projeções de inflação de médio prazo, mesmo condicionadas em uma taxa de juros mais elevada. Ao fim, concluiu-se unanimemente pela necessidade de uma política monetária mais contracionista e mais cautelosa, de modo a reforçar a dinâmica desinflacionária”, diz o documento.
Portanto, a maioria avaliou ser melhor mudar o ritmo de redução da Selic do que comprometer a credibilidade da política monetária do país.
Eis a importância de um Banco Central independente de qualquer Governo.