(por alguém que ainda não enlouqueceu completamente, chamado Blanch Van Gogh)
Senhoras e senhores, a Europa escureceu. E não foi uma tempestade solar, nem ataque cibernético da quinta dimensão. Foi um blecaute. Um apagão. Puf. Acabou. Como quando falta luz no teatro e você ouve o público respirando medo no escuro.
E aí, o que aprendemos? Nada. Absolutamente nada. Continuamos caminhando como vacas obedientes rumo ao matadouro digital. Ai de quem disser que o dinheiro de papel ainda é necessário — será chamado de retrógrado, teórico da conspiração ou… Conservador fascista!
A modernidade, essa entidade psicótica que nos governa, quer tudo eletrônico. Tudo invisível. Tudo hackeável.
Portugal e Espanha ficaram de joelhos. Sem luz. Sem Wi-Fi. Sem banco. Sem pão. Sem desculpa técnica plausível. E o povo? Refém! Refém de uma lógica imbecil que diz: “Confie no sistema.” Mas que sistema? O sistema que te apaga e nem diz por quê?
A verdade, meus caros, é que a roça venceu. O campo, com seu fogão à lenha, suas sementes guardadas em latas de biscoito, sua água coada no pano de prato, deu risada da desgraça urbana. O fazendeiro seguiu fazendo queijo. O urbanoide pediu comida pelo celular… sem bateria.
Estamos em guerra. Uma guerra disfarçada de eficiência. Uma guerra onde quem controla o algoritmo é Deus. E você? Você é só um CPF esperando aprovação no Pix. Já pensou nisso?
Nas escolas, ao invés de ensinar o jovem a plantar batata, estamos ensinando a apertar botão. Mas e se o botão não funcionar, hein? Vamos comer likes? Vamos tomar banho de metaverso?
Precisamos ensinar o óbvio para os jovens nas escolas: cavar terra, plantar comida, fazer fogo, purificar água, construir abrigo e extrair energia de fontes naturais.
Não para fugir da tecnologia. Mas para não morrer de fome enquanto ela se reinicia.
O apagão não é só falta de energia. É revelação. É profecia. É o universo dizendo: “Vocês se esqueceram do essencial, seus idiotas!”
E se amanhã tudo apagar de novo, o que você vai fazer?
Vai pedir socorro para a Alexa?