O Presidente da França, Emmanuel Macron, comprometeu-se a incluir o direito ao aborto na constituição francesa até o próximo ano, em resposta às restrições impostas em outros países, colocando a França em um caminho para garantir incondicionalmente os direitos ao aborto.
No último domingo, o Presidente Macron anunciou que seu governo apresentaria um texto preliminar ao mais alto tribunal administrativo da França na semana seguinte, com o objetivo de tornar esses direitos constitucionais até o final do ano.
“Em 2024, o direito das mulheres de escolher o aborto se tornará irreversível”, ele transmitiu através das redes sociais.
Este anúncio surgiu como resposta a uma promessa feita por Macron no Dia Internacional da Mulher, em 8 de março, em reação à revogação dos direitos federais em relação ao tema nos Estados Unidos no ano passado. Macron tuitou: “Uma mensagem universal de solidariedade a todas as mulheres que hoje veem esse direito violado: a França gravará em sua Constituição a liberdade das mulheres de recorrerem ao aborto.”
A resolução recebeu amplo apoio na Assembleia Nacional em novembro passado e, posteriormente, foi aprovada no Senado em fevereiro, apesar da oposição de partidos de direita, que argumentaram que os direitos ao aborto na França não estavam ameaçados.