Na tarde de quarta-feira (26), autoridades dos Estados Unidos identificaram Rahmanullah Lakanwal, de 29 anos, como responsável por um tiroteio em uma das áreas mais movimentadas de Washington. O afegão havia chegado ao país em 2021, dentro do programa emergencial de evacuação conduzido pelo governo de Joe Biden, após a retirada das tropas americanas do Afeganistão. O ataque ocorreu nas proximidades da estação Farragut West, atingindo dois membros da Guarda Nacional. Lakanwal foi detido após troca de tiros e permanece hospitalizado sob custódia.
Segundo registros oficiais, Lakanwal entrou nos EUA pela Operação Aliados Bem-Vindos, que acelerou a entrada de milhares de afegãos ligados a forças americanas. O ex-diretor da CIA, John Ratcliffe, afirmou que o ingresso foi autorizado pelo governo Biden devido a trabalhos anteriores do afegão com a agência. Após o término do visto temporário, Lakanwal ficou em situação irregular até solicitar asilo em 2024, obtendo proteção no ano seguinte. A trajetória migratória incluiu revisões documentais e períodos de espera, sem registros criminais relevantes até o episódio desta semana.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, classificou o ataque como “ato de terrorismo” e defendeu a revisão do status de todos os afegãos admitidos durante o governo Biden. O secretário de Guerra, Pete Hegseth, anunciou reforço militar na capital, enquanto o vice-presidente J.D. Vance declarou que ainda não há hipótese confirmada sobre o motivo do atentado. A investigação busca esclarecer se Lakanwal agiu sozinho e quais circunstâncias antecederam o tiroteio, ocorrido a poucos metros da Casa Branca, em meio a preocupações sobre políticas migratórias vigentes nos Estados Unidos.










