A guerra em Gaza pode não estar perto de um fim definitivo, e isso não se deve à falta de diplomacia ou ao empenho de mediadores internacionais. A realidade é que o Hamas, um grupo terrorista que governa a Faixa de Gaza com mãos de ferro, continua usando reféns israelenses como moeda de troca, impedindo qualquer solução de longo prazo. Se a libertação dos sequestrados não ocorrer conforme acordado, Israel tem não apenas o direito, mas a obrigação de retomar as operações militares para garantir a segurança de seus cidadãos, afastando, desta vez, qualquer solução pacífica ou um novo cessar-fogo.
O Hamas insiste em desafiar a paciência da comunidade internacional enquanto mantém sua infraestrutura terrorista ativa. Seus túneis subterrâneos não são meros refúgios defensivos: são verdadeiros arsenais de guerra escondidos sob hospitais e escolas, usados para armazenar armamentos e preparar ataques contra Israel. Muitos palestinos não querem sair de Gaza porque sabem que ali existe uma rede de proteção que favorece os interesses do Hamas, que tem doutrinado a população palestina durante décadas. Esses bunkers garantem a continuidade das atividades terroristas e a possibilidade de futuros atentados contra civis israelenses e de outras nações livres.
A proposta do presidente Donald Trump para remover os palestinos da Faixa de Gaza pode parecer drástica, mas carrega uma lógica inegável: se Gaza se transformou em um ninho de terror, a solução não pode ser permitir que esse ciclo continue indefinidamente. A remoção da população e a realocação para países árabes vizinhos eliminaria a base de recrutamento e proteção do Hamas, acabando com a justificativa para novos conflitos. Entretanto, a resistência da Jordânia, do Egito e de outras nações árabes em acolher os palestinos não ocorre por mera insensibilidade, mas porque esses países reconhecem que, dentro dessa população, há uma parcela significativa comprometida com o terrorismo, o que poderia transformá-los em “Novas Gazas”.
Muitos palestinos apoiam o Hamas não apenas por medo, mas por convicção ideológica. Durante anos, o grupo terrorista construiu uma narrativa de resistência que alimenta o ódio contra Israel e fomenta o recrutamento de novos militantes, algo evidente nas imagens chocantes em que meninos batem palmas para terroristas libertados por Israel em troca de inocentes. Manter essa população dentro de Gaza significa perpetuar essa mentalidade, criando um ciclo vicioso de violência. Se a comunidade internacional deseja realmente alcançar a paz, é preciso ter coragem para reconhecer que a desocupação de Gaza pode ser o caminho mais eficaz para desmantelar a infraestrutura terrorista.
Trump foi direto ao afirmar que Gaza, sob sua administração, poderia se tornar uma região economicamente próspera, uma “Riviera do Oriente Médio”. Ao contrário das propostas utópicas de soluções de dois Estados – que nunca saíram do papel –, a visão de Trump é pragmática. Transformar Gaza em uma área sem a influência do Hamas e abrir espaço para o desenvolvimento econômico poderia eliminar a raiz do conflito. Mas, para que isso aconteça, é necessário que os palestinos aceitem essa mudança, algo que, até o momento, grande parte deles se recusa a fazer.
A hesitação internacional em apoiar essa solução revela uma hipocrisia latente. Se a preocupação fosse realmente com a população civil palestina, os países árabes vizinhos já teriam tomado a iniciativa de realocá-los, e a ONU teria apoiado um plano viável para essa transição. No entanto, a realidade é que muitos desses governos preferem usar os palestinos como peões, mantendo viva a narrativa da “ocupação” e garantindo que Israel e o mundo continuem sob constante ameaça. O que acontece em Gaza é apenas a ponta do iceberg de uma estrutura latente instaurada pelo terrorismo islâmico para provocar caos no mundo, na busca de “islamizar” o planeta e erradicar os judeus.
O cessar-fogo atual é frágil e insustentável, mas, se o Hamas insiste em manter reféns, Israel não pode e não deve hesitar em retomar sua ofensiva. A segurança de seus cidadãos vem em primeiro lugar – como faria qualquer país que preze por sua integridade –, e qualquer solução que ignore esse princípio está condenada ao fracasso. O Ocidente precisa abandonar a ilusão de que há uma saída diplomática para uma situação provocada por um grupo de pessoas que não tem interesse na paz, e o plano de Trump pode não agradar aos sentimentalistas, mas representa a única estratégia viável para garantir um futuro em que o terrorismo possa ser controlado e monitorado no Oriente Médio.