Existem pessoas que não possuem o menor apreço pelas suas liberdades, não sabem absolutamente nada sobre democracia – torcem, conspiram e colaboram para que uma tirania seja instalada de forma perene.
Elas pedem por prisões, penas severas, incentivam a tortura e até mesmo a morte; mas não de bandidos, pedófilos, traficantes de seres humanos ou de drogas, mas sim, daqueles que discordam de suas ideologias.
Como proteger o dom político mais precioso do nosso tempo, a democracia? Certamente não com a atribuição do conceito de democracia relativa, dominada por políticos e partidos totalitários. Antes de proteger a democracia, devemos primeiramente ressuscitá-la. Precisamos criar uma democracia digna, que saia da Casa Civil e do STF e entre na cultura do povo e não fique apenas no âmbito político.
O Brasil tornou-se arena de um dos espetáculos mais obscuros do nosso mundo contemporâneo. A democracia em sua concepção é caracterizada pela busca do equilíbrio entre os vários poderes que nos circunda, ela deve ser baseada na ideia de proporcionalidade. Quando eliminamos a proporcionalidade e abolimos as diferenças, chegamos a uma unidade, ou seja, chegamos a definição do totalitarismo.
Qual é o mal-estar que serpenteia por todo o Ocidente e que explode por esses caminhos? É fácil encontrar narrativas falaciosas, descarregando justificativas no “golpe”, no fascismo (como diz Lula, Dino e companhia), na “extrema-direita” e no populismo subversivo. Ou pior, na imaturidade dos povos e, portanto, na necessidade de oligarquias para guiá-los, com a ajuda de exércitos e policiais para “zelar” pela ordem pública.
O problema é que a democracia relativa de Lula e de seus comparsas não é democracia, apresenta-se como inclusiva, mas exclui a maioria dos cidadãos. Os ataques totalitários de um só poder, que persegue aqueles que não se alinham com as forças progressistas-comunistas e não votam conforme o prescrito, reduzem todos aqueles que não estão de acordo com o regime à categoria de delinquentes, escórias, ralés, párias da sociedade sem direito à cidadania e à expressão.
No final das contas, para além das narrativas, não vence a democracia, mas vence a força, ou seja, a intervenção armada da polícia e do regime; é a força que está decidindo e fingindo garantir as democracias. O problema político com os manifestantes, presos injustamente, condenados pelo tribunal midiático, infelizmente – permanece.
Lula ainda não conseguiu lidar com a verdadeira democracia, não conseguiu lidar com o mal-estar social, com o descontentamento, com protestos populares – que ele mesmo fomentou durante anos nesse país. As repressões para atos extremistas são necessárias (desde que aplicadas de acordo com a lei), mas não resolvem o problema e sobretudo não eliminam as causas que o desencadearam. Os protestos não vão contra a corrente, mas atingem a jusante. Com a ausência de democracia encontramos algo pior – caos e guerra civil.
Porque se um povo se divide dessa forma irreparável, no final é a força que resolve as disputas.
Para restaurar a democracia no Brasil, o ponto de partida seria que o governo Lula (se é que podemos chamar de governo) aceitasse e respeitasse a oposição, reconhecesse sua legitimidade, trouxesse o dissenso de volta à democracia e à lei. Se ao invés disso, continuarem perseguindo, e tratando todos como insurgentes, para atingir e criminalizar, mesmo que metade do país – não iremos chegar a lugar nenhum; a não ser à ditadura e o caos social.
O fascismo, virou o refúgio extremo de uma esquerda demente, submersa em uma crise de identidade, em hemorragia de consenso, que se apresenta completamente propensa ao perigo real dos nossos dias, representada pela ideologia progressista, globalista, comunista e fascista – que nos torna eternamente submissos e dependentes do estado, levando a todos a escravidão.
Com uma infinidade de bandidos a seu serviço, quem não estiver alinhado com o pensamento dominante é automaticamente um fascista, um corpo estranho que deve ser expulso do sistema. Este é o real perigo – também e sobretudo para a democracia. O fascismo não existe na direita, mas os comunistas usa o fascismo para extinguir a democracia – em nome da própria democracia.
E sabe o que é pior? Eles têm a convicção que não estão errados, muito pelo contrário, eles têm a certeza absolutista que estão certos e que realmente estão defendendo a liberdade e a democracia – quando, na verdade, o que eles querem é regulamentar a soberania sobre sua própria vida.