O Exército de Israel confirmou neste domingo (23) a morte de Haytham Ali Tabatabai, chefe de operações militares do grupo terrorista Hezbollah, em um bombardeio que atingiu o subúrbio de Beirute, no Líbano. A ação destruiu parte de um prédio na região de Dahiyeh e deixou cinco mortos. Tabatabai era considerado peça-chave na expansão das capacidades militares do Hezbollah e vinha sendo alvo de operações israelenses desde 2024. O Irã, aliado do grupo extremista, reagiu com forte condenação ao ataque, classificando-o como “covarde”.
Segundo informações das Forças de Defesa de Israel, Tabatabai atuava desde a década de 1980 e tinha papel central na coordenação de ataques contra israelenses e americanos. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que o militante era um “assassino em massa” e destacou que os Estados Unidos haviam oferecido recompensa de cinco milhões de dólares por sua captura. O Hezbollah, por sua vez, acusou Israel de “cruzar uma linha vermelha” e declarou que os ataques representam ameaça à soberania libanesa. O episódio marca a primeira ofensiva nos arredores da capital libanesa em meses, rompendo o cessar-fogo firmado no ano passado.
A ofensiva israelense reforça a estratégia de neutralizar lideranças extremistas que atuam no Oriente Médio, ampliando a tensão entre Tel Aviv, Beirute e Teerã, enquanto o presidente do Líbano, Joseph Aoun, pediu intervenção internacional para conter novas ações militares na região. Moradores relataram que ouviram aviões de guerra pouco antes da explosão, e fontes médicas confirmaram que ao menos 20 pessoas ficaram feridas e foram levadas a hospitais próximos.











