“Cada um dá o que tem” retruca prefeito de Belém ao criticar chanceler alemão

Redação 011
3 Min
"Cada um dá o que tem" retruca prefeito de Belém ao criticar chanceler alemão
foto: Fernando Frazão/ Agência Brasil

O prefeito de Belém, Igor Normando (MDB), divulgou um vídeo em que censura duramente o chanceler alemão, Friedrich Merz, por declarações que considerou desrespeitosas sobre a capital paraense após a Conferência das Partes (COP30). Merz havia manifestado alívio por ter “retornado à Alemanha” após a sua passagem pelo evento.

Normando classificou os comentários do político alemão como “infeliz, arrogante e preconceituosa”. Em sua gravação, que citou a frase polêmica de Merz, o prefeito buscou defender a cidade e seu povo, argumentando que a opinião do chanceler não reflete o sentimento de outros visitantes, que ficaram “encantados com Belém, com as suas belezas naturais, com a sua gastronomia e com a sua história”.

Em uma defesa apaixonada, Normando destacou o papel da região e concluiu. “Enquanto você vem com a sua arrogância, nós, paraenses, belenenses, amazônidas, nós vamos oferecer o que existe de melhor em nós, que é o nosso calor humano, o nosso acolhimento e o nosso amor. Cada um dá o que tem.”

O prefeito também relembrou a Merz a importância ecológica da região, dizendo que a “Amazônia […] ajudou o mundo inteiro a respirar” e que era hora de os estrangeiros demonstrarem empatia, auxiliando o desenvolvimento sustentável da população da floresta.

A decisão de Lula de escolher Belém como sede da COP30 visava, principalmente, colocar a floresta e suas dinâmicas sociais em destaque internacional. Entretanto, se deparou com a realidade do Brasil e envergonhou o país inteiro.

A realização do evento foi marcada por notórias dificuldades logísticas e estruturais, que já eram previstas há mais de um ano. A limitação da rede hoteleira local foi tamanha que o próprio presidente da República precisou se hospedar em um iate. Além das questões de infraestrutura, os participantes internacionais tiveram contato direto com a pobreza da periferia brasileira, uma condição social que se manifesta de forma menos localizada e mais intensa nas cidades do Norte e Nordeste, em comparação com os grandes centros urbanos como São Paulo e Rio de Janeiro.

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