O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado a prévia do PIB, registrou retração de 0,2% em setembro frente a agosto, conforme dados divulgados nesta segunda-feira (17). O resultado confirma a desaceleração da economia brasileira e reflete o impacto das políticas adotadas pelo Governo Federal, que não têm conseguido estimular o crescimento. No acumulado do terceiro trimestre, a queda foi de 0,9% em relação ao segundo trimestre, marcando a primeira contração em dois anos. O IBGE divulgará o dado oficial em 4 de dezembro.
O recuo ocorre em meio a um cenário de juros elevados, com a taxa Selic mantida em 15% ao ano, o maior patamar em quase dois anos. A política monetária restritiva, somada à falta de medidas do governo Lula para impulsionar a produção, tem pressionado setores estratégicos. No terceiro trimestre, a agropecuária caiu 4,5%, a indústria recuou 1% e os serviços tiveram baixa de 0,3%. Apesar de a agropecuária ter mostrado leve recuperação em setembro, com alta de 1,5% sobre agosto, o desempenho não foi suficiente para reverter o quadro negativo.
As projeções do Boletim Focus indicam que o crescimento em 2025 será de apenas 2,16%, abaixo dos 3,4% registrados em 2024, o que representa a menor taxa de expansão desde 2020, ano da pandemia. Em 12 meses, a economia acumula alta de 3%, mas os analistas apontam que o ritmo de desaceleração deve persistir. A expectativa é que o ciclo de queda dos juros comece apenas em janeiro de 2026, o que prolonga a pressão sobre a atividade econômica e reforça a dificuldade do Governo Federal em conduzir políticas que favoreçam o desenvolvimento econômico.













