Apesar da desaceleração na geração de empregos formais registrada em agosto, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho (PT), afirmou que o Brasil deve encerrar 2025 com um saldo de 1,5 milhão de novas vagas com carteira assinada. A projeção foi feita na quinta-feira (25), durante entrevista ao Canal Gov. Segundo o petista, o último trimestre tende a ser mais forte devido ao aumento das contratações temporárias para o período natalino, o que sustentaria a meta de mais 1,1 milhão de empregos até dezembro.
O ritmo de crescimento do mercado de trabalho, no entanto, já mostra sinais de enfraquecimento. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) indicam que o avanço está abaixo do registrado nos meses anteriores. Ainda assim, o ministro defende que o Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer em 2025, sustentado por medidas de estímulo e crédito. A taxa de desemprego, segundo a Pnad Contínua do IBGE, caiu para 5,6% no trimestre encerrado em julho, o menor nível desde 2012.
Além da desaceleração, o setor produtivo enfrenta os efeitos das tarifas adicionais de 50% impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros desde agosto. O Governo Lula (PT) anunciou o Plano Brasil Soberano, com R$ 30 bilhões em crédito e apoio a exportadores. O BNDES já aprovou R$ 1,2 bilhão em financiamentos. Empresas dos setores de eletrônicos, autopeças e armamentos, mais dependentes do mercado norte-americano, são as mais afetadas. O Ministério do Trabalho também sinalizou apoio por meio de acordos coletivos e flexibilizações previstas na CLT.
