O ditador russo Vladimir Putin apresentou novas exigências para encerrar o conflito com a Ucrânia, iniciado em 2022. Entre os pontos centrais está a entrega total da região do Donbass, que inclui Donetsk e Luhansk, além da renúncia ucraniana à entrada na Otan. Com o controle de cerca de 20% do território ucraniano, Moscou sinaliza disposição para negociar, mas mantém exigências territoriais e militares que Kiev considera inaceitáveis.
Putin comunicou suas condições ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante reunião no Alasca em 15 de agosto. O republicano, que tem adotado postura pragmática diante do conflito, afirmou que “Putin está cansado dessa guerra”, mas reconheceu que o líder russo pode não estar disposto a fechar um acordo. A proposta russa inclui também a neutralidade da Ucrânia e restrições ao seu exército, além da proibição de tropas ocidentais em solo ucraniano.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky reafirmou que não aceitará abrir mão de territórios reconhecidos internacionalmente. Segundo ele, a Rússia controla atualmente entre 67% e 69% da região de Donetsk, mas precisaria de mais quatro anos para ocupar o restante. Zelensky também declarou que os russos não conseguirão manter o controle das áreas ocupadas em Sumy e que a retomada dessas regiões é questão de “poucos meses”.
