Os Estados Unidos decidiram aplicar sanções ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), com base na Lei Magnitsky, mecanismo que permite punir estrangeiros envolvidos em corrupção ou violações graves de direitos humanos. Criada em 2012 durante o governo Obama, a lei autoriza medidas como o bloqueio de bens e contas bancárias nos EUA, além da proibição de entrada no país. A sanção foi aplicada diretamente a Moraes, segundo fontes próximas ao governo americano, e representa uma resposta à atuação do ministro em casos considerados abusivos por entidades internacionais e setores democráticos do Brasil.
Segundo reportagem de O Globo, há uma articulação nos bastidores envolvendo o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para que as medidas se restrinjam a Moraes e à sua esposa, poupando outros ministros da Corte. A movimentação teria como objetivo evitar o agravamento da crise diplomática e preservar canais com ministros como Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso. A informação foi reforçada por Paulo Figueiredo, aliado da família Bolsonaro, que confirmou nas redes sociais os esforços para limitar o alcance das sanções.
A inclusão de Moraes na lista da Lei Magnitsky significa que ele só poderá ser removido se comprovar não ter envolvimento com as violações atribuídas ou se houver mudança relevante em seu comportamento. A decisão de suspender as sanções, em qualquer caso, depende de uma comunicação formal da Casa Branca ao Congresso com ao menos 15 dias de antecedência.










