A vitória de Daniel Noboa no Equador é mais um sinal de que a esquerda e sua utopia antinatural estão enterradas, fechando um ciclo que iniciou com o Manifesto Comunista em 1848, foi materializado na revolução Russa de 1917, e dominou o Ocidente no século 20. No século 21, conservadores como Trump, Bolsonaro, Milei e outros coroam a queda do globalismo.
Para entender a dimensão histórica, o Marxismo deu origem ao movimento progressista iniciado no final do século 19, com o objetivo de substituir a civilização cristã por outra ordem social e política. Os impactos dessa ideologia em todas as sociedades nos últimos 140 anos deixaram um legado nefasto para os governantes conservadores. Os progressistas criaram políticas públicas, instituições, valores e firmaram acordos internacionais, alavancas de poder contrárias às sociedades locais e às soberanias nacionais.
Apesar de pautas nacional-socialistas e globalistas perderem apoio no século 21, a popularidade também perdeu relevância. Fóruns internacionais e uma agenda poderosa hoje são responsáveis por implementar uma burocracia profunda em cada país, em detrimento dos representantes eleitos.
Na visão de historiadores e cientistas políticos, o termo “Ocidente” tem relação com valores, e nem sempre estes se refletem na América Latina. O Ocidente evoluiu da civilização clássica, definida em bases éticas, culturais e legais; e em sua transição para a Idade Média passou pelo processo de cristianização, que introduziu o conceito de igualdade diante de Deus. Como segundo maior país cristão do mundo, o Brasil desponta como liderança internacional, já que a maioria dos países hoje passa por um processo intenso de descristianização. Entretanto, outros aspectos, como tecnologia, liberdade econômica, democracia, produção científica, indústria, comércio, separação de poderes, direitos individuais e estabilidade jurídica são características marcantes da civilização ocidental; e nesses aspectos o Brasil é muito falho.
Novos eleitos, como Noboa e Bukele, representam o futuro para seus países ou são meros ocupantes da presidência? Milei e Trump estão alterando políticas públicas drasticamente e querem também acabar com o deep state e reavaliar acordos internacionais. No Brasil o dilema é o mesmo. Para se alinhar ao que restou do Ocidente, os próximos líderes da nossa direita têm de aprofundar reformas e rever todos os acordos assinados durante os anos de trevas do socialismo.