O projeto que prevê anistia aos envolvidos e condenados nos atos de 8 de janeiro reuniu o número necessário de 257 assinaturas para avançar com mais agilidade na Câmara. O requerimento proposto pelo líder do PL na Casa, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), já soma ao menos 259 assinaturas, que corresponde por mais da metade dos 513 parlamentares – uma maioria absoluta.
Cabe agora ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), colocar em pauta e definir quando o requerimento será analisado. O texto deve ser apresentado no dia 24 deste mês, quando o parlamentar retornará de uma viagem ao exterior.
O regime de urgência permite um andamento mais acelerado à matéria, sem a necessidade de passar por inúmeras comissões do Congresso. A própria ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), chegou a defender em parte o projeto, o que revoltou toda a ala esquerdista.
“Falar sobre anistia ou mediação de pena em relação a algumas pessoas do 8 de janeiro, eu acho que é defensável do ponto de vista de alguns parlamentares. Acho que a gente até pode fazer essa discussão no Congresso”, disse a petista.
Depois, ela recuou e disse ter sido ‘mal interpretada’. Mas o estrago do lado vermelho já estava feito.