Milícias apoiadas pelo Irã no Iraque se preparam para entregar suas armas diante da crescente ameaça de ataques por parte dos Estados Unidos. A decisão ocorre após uma série de alertas enviados por Washington ao governo iraquiano desde o início de 2025, exigindo a dissolução de grupos armados que operam no país. Um comandante da milícia Kataib Hezbollah declarou à veículos de comunicação sob anonimato que “Trump está pronto para levar a guerra conosco a níveis piores, sabemos disso, e queremos evitar um cenário tão ruim”.
As negociações para o desarmamento foram confirmadas por políticos e conselheiros próximos ao governo iraquiano, incluindo o premiê Mohammed Shia al-Sudani. Segundo Farhad Alaaeldin, conselheiro de relações exteriores de Sudani, o objetivo é assegurar que todas as armas no país estejam sob controle do Estado, por meio de um “diálogo construtivo com vários atores nacionais”. Grupos como Nujabaa, Kataib Sayyed al-Shuhada e Ansarullah al-Awfiyaa também estariam prontos para acatar a pressão norte-americana.
Informações de segurança indicam que milícias da chamada Resistência Islâmica no Iraque já iniciaram a evacuação de suas sedes em cidades como Mosul e Anbar. Estima-se que essas facções, ligadas à Guarda Revolucionária do Irã (IRGC), reúnam cerca de 50 mil combatentes e vasto arsenal militar. O Departamento de Estado dos EUA reiterou que tais forças devem obediência ao governo de Bagdá, não a Teerã. Apesar disso, fontes americanas afirmam ter dúvidas sobre a durabilidade desse desarmamento.