O governo Lula (PT) pretende injetar ao menos R$ 30,7 bilhões na economia até 2026, em uma tentativa de reverter a queda de popularidade registrada nos últimos meses. A estratégia inclui a ampliação de benefícios sociais, como o programa Pé-de-Meia e a liberação do saldo bloqueado do FGTS. Paralelamente, Lula tem sinalizado apoio à exploração de petróleo na foz do rio Amazonas, medida que enfrenta resistência de ambientalistas, mas é defendida por lideranças políticas do Amapá, incluindo o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).
A busca por novos recursos ocorre em um cenário de divergências entre o governo e o Banco Central, que mantém juros elevados para conter a inflação. Apesar das críticas que fazia à gestão anterior da autarquia, Lula agora evita confrontos diretos com o presidente do BC, Gabriel Galípolo, seu indicado para o cargo. Enquanto isso, aliados petistas temem que a desaceleração da economia prejudique o desempenho eleitoral do partido em 2026. O Tribunal de Contas da União, por sua vez, alertou que programas como o Pé-de-Meia ainda não têm orçamento garantido para o próximo ano.
Durante visita ao Amapá, Lula defendeu a exploração de petróleo na região como uma alternativa para reduzir a pobreza local. “Ninguém pode proibir que a gente deixe o Amapá pobre se tiver petróleo aqui”, afirmou. Alcolumbre reforçou a posição, criticando pressões externas contra o projeto. No entanto, a iniciativa enfrenta entraves no Ibama, que ainda não liberou as pesquisas na área devido a preocupações ambientais.