Lula aproveitou o evento pouco divulgado de 45 anos do PT para subir no palanque e fazer o que mais gosta: discursar. Em um momento de turbulência econômica e baixíssima popularidade, ele mais uma vez criticou o mercado financeiro e afirmou que o PIB de 2024 ficou em torno de 3,8%, enquanto analistas apostam em 3,5%. O resultado oficial do produto interno bruto será divulgado pelo IBGE em 7 de março.
“Em 2023, enquanto o mercado previa um ‘pibizinho’ de 0,8%, nos tivemos um PIB quatro vezes maior, de 3,2%. Em 2024, o crescimento da economia deve ser ainda maior, possivelmente de 3,8% segundo o Banco Central. Esse dinamismo é resultado de diversos fatores”, afirmou para aquela que talvez seja a única plateia que ainda dê credibilidade para um bocado de frases ‘jogadas ao léu’.
Apesar da imensa fuga de capital externo, inflação galopante e juros altos, o petista citou a retomada de investimentos em infraestrutura e da atividade produtiva, a expansão de políticas sociais e de inclusão, além da promessa de retornar com o Fome Zero até 2026.
Ainda não se sabe como o atual Governo fará para arcar com mais um programa social, já que faltam recursos para os já existentes. Não há acordo com o Centrão capaz de ‘produzir’ mais dinheiro para distribuir à camada mais pobre do país. A redução de gastos públicos, tão necessária, se torna cada fez mais distante do radar do único líder de uma legenda que há tempos se afastou dos trabalhadores.