O presidente dos Estados Unidos Donald Trump declarou que um acordo comercial com a China “é possível”, sinalizando uma possível reaproximação com Pequim. A afirmação foi feita durante uma conversa com repórteres no Air Force One, onde Trump também elogiou o ditador Xi Jinping e destacou sua relação pessoal com o líder chinês. A postura contrasta com o histórico de tarifas impostas por seu governo a produtos chineses, que levaram Pequim a retaliar com taxas sobre mercadorias americanas, incluindo petróleo e automóveis.
O regime chinês reagiu às declarações enfatizando a necessidade de negociações, reiterando sua oposição às tarifas impostas pelos EUA. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun, afirmou que os dois países devem buscar resolver disputas “com base na igualdade e no respeito mútuo”. Pequim indicou que continuará defendendo seus interesses, sugerindo que qualquer mudança nas relações comerciais dependerá das condições estabelecidas por Washington.
As declarações de Trump também impactaram os mercados financeiros, que operaram com volatilidade nesta quinta-feira (20). Enquanto ações europeias tiveram leve recuperação, preocupações persistem devido a incertezas sobre a política econômica dos EUA. A possibilidade de novas tarifas e o impacto da posição de Trump sobre conflitos internacionais, como a guerra na Ucrânia, mantêm investidores atentos. O Federal Reserve, por sua vez, sinalizou cautela quanto à política monetária, reforçando a instabilidade no cenário econômico global.