Eu tenho plena convicção de que parte dos nossos leitores são ‘ex-tucanos’. Obviamente, antes do surgimento do bolsonarismo, só havia uma alternativa para combater o petismo: votar no PSDB.
Pois bem, creio, na minha humilde opinião, que a social-democracia fez o bom combate até encontrar o neto de Tancredo como líder. Aécio, um sujeito de poucos valores morais, se juntou a inúmeras ‘cabeças brilhantes’ e começou a demolir, tijolo por tijolo, o que foi construído desde 1988 com a cisão de parte dos membros do MDB, que culminaram na criação do PSDB.
A pá de cal, sem dúvida nenhuma, foi João Doria e sua sede por poder a qualquer custo. No final, o ex-prefeito e ex-governador, querendo ser presidente, entregou São Paulo a outro sujeito com poucos valores morais, Rodrigo Garcia, que viria a ser derrotado por Tarcísio, sequer indo ao segundo turno no estado.
É necessário lembrar que muitas gestões do partido em São Paulo foram bem-sucedidas, obras foram feitas, e muita coisa melhorou. O problema sempre foi o ritmo: lento e monótono, como o próprio Alckmin, quatro vezes governador, três vezes eleito e uma vez herdado de Mário Covas.
Apesar de indícios de corrupção, pouca coisa foi provada em São Paulo, mas de fato, ‘caciques’ de outros estados têm seus ‘dois pézinhos’ na lama, como Marconi Perillo, pego esta semana em uma operação da PF (lembrando que o mesmo é o atual presidente da moribunda sigla).
Agora, chega a notícia de que, em março, haverá um velório e um enterro formal de um partido tão importante para o Brasil. Ora, ora, conseguiram! Canalhas! Fusão, absorção, abdução… deem o nome que quiserem. Covas, Montoro, Ruth Cardoso e o próprio FHC, ainda em vida, estão sendo enterrados pela história. Daqui a alguns anos, só saberemos deste partido pelos livros de história.
Parabéns aos envolvidos. Aécio e Doria, vocês irão direto para a lixeira dos anais da política.