“Não importa que a gente não tenha o que comer, aqui o que importa é salvar a revolução.” Essas palavras, ditas pelo falecido ditador Hugo Chávez – amigo de Lula – sintetizam a lógica perversa de regimes socialistas que sacrificam o bem-estar da população em nome de um projeto político. No Brasil, recentemente, Lula da Silva tem adotado um discurso semelhante ao sugerir que os brasileiros deixem de comprar produtos caros para pressionar a redução dos preços. Em vez de tomar medidas econômicas críveis para estabilizar a economia, o petista opta por soluções simplistas, provavelmente por medo de perder a pouca popularidade que lhe resta.
Na Venezuela, Chávez e, posteriormente, Maduro jamais enfrentaram os problemas estruturais que levaram à destruição do setor produtivo. Quando houve escassez de água, Chávez sugeriu que as pessoas tomassem banho com uma xícara de água, em vez de melhorar o fornecimento e combater a corrupção nas empresas públicas. Privatizações eram descartadas como “práticas capitalistas”. Quando a comida sumiu das prateleiras, em vez de incentivar a produção, o regime desapropriou empresas produtivas e as entregou a militantes do partido, levando-as à falência e agravando a crise alimentar.
A estratégia de Lula reflete a mesma insistência na intervenção governamental como solução para problemas econômicos. O governo brasileiro opta por ampliar os gastos públicos e aumentar a carga tributária, sufocando o setor produtivo e reduzindo o poder de compra dos cidadãos. Ao mesmo tempo, transfere a responsabilidade pelos erros econômicos para os consumidores, em vez de abordar as causas profundas da crise. Esse é o mesmo caminho trilhado por Chávez e Maduro, que culminou na falência da Venezuela e na dependência total do Estado para garantir a subsistência da população.
No Brasil, os sinais de retrocesso econômico são evidentes e preocupantes, tanto para o mercado quanto para os cidadãos comuns, que percebem que o país caminha na direção errada. O governo promete soluções rápidas e populistas para conter a inflação, sem atacar suas verdadeiras causas. A compra estatal de grãos para regular os preços e o aumento da burocracia para investidores privados apenas aprofundam a desconfiança e afastam investimentos essenciais para o crescimento econômico.
O modelo comunista, visto em Cuba e na Coreia do Norte, demonstra como a excessiva intervenção estatal, aliada à corrupção e à ineficiência, leva à estagnação e à miséria. Em Cuba, a população vive sob racionamento de comida, enquanto o governo insiste em culpar os embargos externos, em especial os dos Estados Unidos. Na Coreia do Norte, porções diárias foram reduzidas a 300 gramas devido às baixas colheitas, resultado de décadas de um modelo econômico alinhado à doutrina marxista, defendida por Chávez, Maduro e Lula.
Enquanto a Argentina, governada por Javier Milei, compreendeu que era necessário abandonar o socialismo e optar pela liberdade econômica para solucionar seus problemas estruturais, o Brasil segue na direção contrária. Medidas governamentais promovem a fuga de investimentos, a desvalorização da moeda e o aumento da dívida pública. Se mantido esse rumo, o país pode enfrentar uma crise de inadimplência (“default”) nos próximos anos, comprometendo, inclusive, o sistema previdenciário e aposentadorias futuras. Apesar disso, não há qualquer indício de que o governo esteja disposto a reduzir gastos ou aliviar a pressão sobre a economia, que se assemelha a uma bomba-relógio prestes a explodir.
A história nos ensina que a política de controle e intervenção excessiva do Estado não resolve crises econômicas. No entanto, o governo Lula parece não ter aprendido essa lição – ou, pior, está deliberadamente adotando um plano para empobrecer a população e torná-la dependente do Estado, como Chávez e Maduro fizeram na Venezuela para se perpetuar no poder. Afinal, para um líder que se autodenomina “pai dos pobres”, a eliminação da pobreza significaria perder sua base de apoio. Sem miséria, Lula se tornaria um “rei sem coroa”, fadado a ser lembrado apenas como o político que conduziu o Brasil à beira do abismo econômico.