O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (29) um plano para enviar imigrantes ilegais considerados de alta periculosidade para a prisão militar de Guantánamo, em Cuba. Além disso, Trump revelou estar em negociações com o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, para deportar parte desses imigrantes para o território salvadorenho. “Temos 30.000 leitos em Guantánamo para deter os piores criminosos que ameaçam o povo americano. Alguns são tão perigosos que não confiamos em outros países para mantê-los”, declarou Trump na Casa Branca.
No mesmo evento, Trump sancionou a Lei Laken Riley, que permite a deportação imediata de imigrantes ilegais acusados de crimes graves, sem necessidade de julgamento. A legislação, aprovada pelo Congresso na última quinta-feira (23), amplia a lista de infrações que podem resultar em expulsão, incluindo homicídio e lesões corporais graves. “É uma lei histórica que vai salvar inúmeras vidas americanas inocentes”, afirmou Trump. A lei homenageia uma jovem de 22 anos assassinada em 2024 por um imigrante com passagem pela Justiça.
A Casa Branca confirmou que Trump e Bukele discutiram a cooperação bilateral para combater a imigração ilegal e gangues transnacionais. A parceria com Bukele faz parte de uma estratégia mais ampla para combater gangues transnacionais, como a gangue venezuelana ‘El Tren de Aragua’, que têm se expandido pela América Latina. O governo salvadorenho, conhecido por sua política de tolerância zero ao crime, já construiu megaprisões para abrigar criminosos, embora organizações de direitos humanos defendam um melhor tratamento para os criminosos.