Erika Hilton, que ocupa uma cadeira de deputada federal (PSOL-SP) na bancada governista e ativista trans da comunidade LGBT, protocolou um pedido de investigação na Polícia Federal após relatar ameaças de morte recebidas pela internet. As mensagens surgiram após a publicação de um vídeo em que a parlamentar defendia as novas regras do Pix, que foram revogadas após forte repercussão. Enquanto o vídeo de Hilton acumulou 27 milhões de visualizações em três dias, o conteúdo similar publicado pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) atingiu 318 milhões no mesmo período, destacando a diferença de alcance e o fracasso de Hilton em tentar defender a medida petista.
Após não conseguir seu objetivo e ser motivo de chacota nas redes sociais, Hilton decidiu trazer a público supostas ameaças à vida própria. As ameaças relatadas incluem frases como “tem que contratar um pistoleiro” e menções a “Ronnie Lessa 2.0”, em referência ao ex-policial militar condenado pelo assassinato de Marielle Franco. Segundo a assessoria parlamentar de Hilton, as mensagens foram rastreadas a perfis supostamente ligados à direita e posteriormente apagadas. Erika afirmou que os ataques refletem a tentativa de silenciar sua atuação: “Não recuarei”, disse. O material coletado foi encaminhado à PF e aos advogados responsáveis pelo caso.
A medida ocorre em um momento de crise econômica, provocadas pelas decisões do governo Lula de gastar mais do que poderia, colocando o pais numa situação complicada. Nikolas Ferreira, por sua vez, cujas críticas ao governo viralizaram, atribuiu as novas regras a uma tentativa de aumentar a arrecadação para preencher o rombo nas contas públicas. Apesar da revogação da proposta, o Governo Federal enfrenta críticas por falta de clareza sobre suas verdadeiras intenções na aplicação de medidas que atingem o bolso do brasileiro, especialmente daqueles de menor renda.