O militar brasileiro-israelense Henry Kadima, que participou das operações de Israel na Faixa de Gaza, classificou como “péssimo” o acordo de cessar-fogo assinado entre Israel e o Hamas. Em publicações nas redes sociais, Kadima expressou sentimentos mistos: “Alívio por um lado e desespero por outro”, destacando que o pacto envolve a troca de reféns israelenses por terroristas palestinos presos. Ele ainda enfatizou que a prioridade era desmantelar o poder militar do Hamas e trazer os reféns de volta.
O cessar-fogo, mediado por Catar, Egito e Estados Unidos, prevê a libertação gradual de reféns e prisioneiros, além de medidas para pacificar a região em três fases, sendo a primeira iniciada em 19 de janeiro. Segundo o acordo, Israel libertará centenas de combatentes jihadistas do Hamas, enquanto o grupo soltará 33 reféns na etapa inicial. Entre os pontos do pacto assinado, está a assistência humanitária à população civil de Gaza, afetada severamente pelo conflito entre as forças israelenses e o grupo terrorista palestino.
Para Kadima, a vitória militar sobre o Hamas é limitada: “Desmantelar 100% do poder militar é impossível, pois nem o governo israelense nem o americano estão prontos a pagar o preço”. Ele alertou que o Hamas já se transformou em uma ideologia profundamente enraizada na sociedade palestina, tornando seu enfraquecimento completo uma tarefa inviável no curto prazo.