O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta terça-feira (7) que, com a implementação de programas estratégicos, o Brasil poderá alcançar em 2026 um cenário onde o filé mignon se torne acessível à população. A declaração eleva a promessa mirabolante feita campanha por Lula (PT), que garantiu picanha na mesa dos brasileiros, meta que até agora se mostra distante devido à alta no preço das carnes e à inflação que já ultrapassa o teto da meta do Conselho Monetário Nacional.
Para Haddad, a chave para alcançar essa projeção está em explorar as “vantagens competitivas” do país. Ele mencionou medidas como a regulamentação da inteligência artificial, a aprovação de créditos de carbono e o incentivo aos biocombustíveis como alavancas para o desenvolvimento econômico. “Se souber se beneficiar das vantagens competitivas que tem, nós podemos chegar bem em 2026, espero que até comendo filé mignon”, declarou em entrevista à Globo News. O ministro também enfatizou que o Brasil está bem posicionado para enfrentar um cenário externo complexo, marcado pelas políticas protecionistas do novo governo dos EUA.
O aumento no preço da carne é reflexo de uma inflação acumulada que atingiu 4,87% em novembro, acompanhada de uma alta de 8% nas carnes no mesmo período. Apesar disso, Haddad destacou a necessidade de ajustes fiscais equilibrados, como o corte de benefícios fiscais de grupos econômicos privilegiados e o controle de gastos públicos.