O governo de Lula da Silva (PT) está prestes a assinar um decreto que limitará o reajuste do salário mínimo em 2025, fixando-o em R$ 1.518. A nova fórmula de cálculo, que restringe o aumento em cenários de déficit fiscal, resultará em uma perda de R$ 10 mensais para trabalhadores que recebem o salário mínimo, totalizando R$ 120 anuais a menos no bolso de milhões de brasileiros. Essa medida transfere o peso do ajuste fiscal para a classe trabalhadora, enquanto categorias que recebem supersalários na administração pública permanecem intocáveis.
A mudança segue a aprovação do pacote fiscal que restringe o crescimento do piso salarial a 2,5% do PIB em anos de déficit. Essa limitação, apontada pelo governo como essencial para conter gastos, gerará uma economia de R$ 4 bilhões em 2025 às custas de aposentados e beneficiários de programas sociais. Para especialistas, o corte afeta diretamente o poder de compra de cerca de 59,3 milhões de brasileiros, ampliando as dificuldades econômicas da população.
Enquanto o governo argumenta que a medida é necessária para equilibrar o orçamento, a oposição e setores da sociedade denunciam que a redução representa um sacrifício imposto aos trabalhadores para bancar os excessos administrativos. O impacto total da regra até 2030 é estimado em R$ 110 bilhões de economia, evidenciando as prioridades do governo em relação ao bem-estar social e à gestão fiscal.