Os preços dos itens tradicionais da ceia de Natal apresentaram alta expressiva em 2024, no segundo dezembro sob a presidência de Lula da Silva (PT). A inflação acumulada nos últimos 12 meses foi de 4,48%, segundo o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre). Produtos como batata inglesa (27,74%), azeite de oliva (24,82%) e carne bovina (12,09%) lideraram os aumentos. “A combinação de fatores como a alta do dólar e a redução na produção de alimentos contribuiu para esse cenário”, explicou Matheus Dias, economista responsável pela pesquisa.
Apesar de quedas em itens como cebola (-36,68%) e farinha de trigo (-5,53%), o impacto no custo total da ceia foi pouco aliviado, pressionando o orçamento das famílias. A alta nos preços da carne bovina e outras proteínas animais levou muitos consumidores a considerarem opções mais acessíveis, como o peru, distanciando-se da promessa de Lula de tornar a carne mais acessível ao povo brasileiro. Condições climáticas adversas e a redução na oferta de gado no mercado interno também contribuíram para o encarecimento.
Os presentes de Natal, por outro lado, apresentaram maior estabilidade, com quedas pontuais em categorias como eletrônicos, que recuaram até 5,26%. Ainda assim, a percepção popular sobre a economia permanece negativa. Analistas alertam que 2025 pode trazer desafios econômicos adicionais, reflexo das políticas atuais. Pesquisa do PoderData revelou que 52% dos brasileiros acreditam em uma melhora financeira nos próximos meses, embora o otimismo tenha diminuído em relação ao início do ano.