Nesta quinta-feira (5), insurgentes islâmicos anunciaram o controle total da cidade de Hama, no centro da Síria, após uma ofensiva relâmpago iniciada em 27 de novembro. Liderada pela Organização para a Libertação do Levante, a coalizão rebelde, apoiada pela Turquia tomou, em menos de duas semanas, duas capitais provinciais e agora mira Homs, uma das cidades mais importantes do país. O avanço ameaça isolar a capital Damasco e cortar a ligação terrestre com Tartous, um reduto vital do regime de Bashar al-Assad.
O exército sírio admitiu a retirada de suas tropas da região e prometeu retomar os territórios perdidos. “Continuaremos a cumprir nosso dever nacional para recapturar as áreas em que as organizações terroristas entraram”, declarou em comunicado oficial. Em resposta, o tenente-coronel Hasan Abdelghani, da liderança rebelde, alertou: “Homs aguarda a chegada de nossas forças”. A ofensiva ocorre em meio à escalada de tensões no Oriente Médio desde os ataques do Hamas a Israel, que têm desestabilizado a região.
Com apoio militar limitado da Rússia, desviada para a guerra na Ucrânia, o regime sírio enfrenta dificuldades para conter a coalizão rebelde, considerada terrorista por diversos países e organizações internacionais. Enquanto isso, imagens de combatentes insurgentes comemorando em áreas conquistadas expõem a crescente fragilidade do regime de Assad, que tem contado com o apoio de aliados como o Irã e o Hezbollah.