Um rabino israelense desaparecido nos Emirados Árabes Unidos foi encontrado morto no domingo (24), em um caso que as autoridades israelenses classificaram como um “hediondo ato terrorista antissemita”. Zvi Kogan, líder do movimento Chabad em Dubai, desapareceu na última quinta-feira (21). Segundo a imprensa israelense, o assassinato pode estar ligado a agentes iranianos, embora essa acusação ainda não tenha sido oficialmente confirmada. “Israel usará todos os meios à sua disposição para levar os criminosos responsáveis à justiça”, afirmou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
A investigação nos Emirados Árabes Unidos segue em andamento, mas as autoridades locais ainda não comentaram publicamente o caso. Desde o desaparecimento de Kogan, Israel recomendou que seus cidadãos evitem viagens não essenciais ao país e permaneçam em áreas seguras. O rabino foi visto pela última vez em frente ao supermercado Kosher que gerenciava em Dubai, uma cena captada por câmeras dias antes de sua morte. A suspeita de envolvimento iraniano surge em meio a relatos de operações clandestinas conduzidas pelo Irã no Golfo Pérsico, que incluem sequestros de indivíduos em território dos Emirados.
Além disso, episódios de antissemitismo têm sido registrados recentemente na Europa. Em Amsterdã, torcedores israelenses do Maccabi Tel Aviv foram brutalmente atacados após um jogo de futebol, eventos que a prefeita Femke Halsema classificou como “um surto de antissemitismo” que reacendeu memórias de pogroms nazistas, em meio a uma escalada de violência que revela um clima de intolerância crescente que ameaça comunidades judaicas em várias partes do mundo.