O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, determinou que o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, preste um novo depoimento para avaliar os termos da delação premiada firmada com a Corte. A oitiva será nesta quinta-feira (21).
“Em virtude das contradições existentes entre os depoimentos do colaborador e as investigações realizadas pela Polícia Federal na PET13.236, designo a realização de audiência para oitiva de MAURO CESAR BARBOSA CID, no dia 21/11/2024, às 14h, na sala de audiências do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, para esclarecimentos relacionados aos termos da colaboração”, determinou Moraes em um documento oficial.
Mais cedo, a PF pediu o fim dos benefícios da delação de Cid. O militar é suspeito de ter ocultado informações durante seus depoimentos, o que é contra os termos da delação.
Se Moraes anular a delação, as informações prestadas por Cid, no âmbito da colaboração, continuariam valendo na investigação. Ele só perderia os benefícios combinados pelo acordo, como redução do tempo de pena, e poderia voltar à prisão.