O ex-presidente e candidato à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, sugeriu no último domingo (13) que as Forças Armadas devem intervir contra radicais de extrema esquerda que, segundo ele, representam uma ameaça interna ao país. Em entrevista à Fox News, Trump afirmou que esses militantes progressistas são “mais perigosos que inimigos estrangeiros” e devem ser tratados como tal. O republicano, que disputa novamente a Casa Branca, expressou preocupação com possíveis tumultos no dia das eleições, em 5 de novembro, reforçando a ideia de que os militares devem estar prontos para agir caso a situação se agrave.
A reação de Kamala Harris, vice-presidente e adversária democrata na corrida eleitoral, foi imediata. Durante um comício na Pensilvânia, Harris acusou Trump de ser uma ameaça à democracia, afirmando que ele “considera qualquer um que não o apoie um inimigo do país”. Harris também enfatizou que a retórica do ex-presidente é perigosa e que um segundo mandato de Trump colocaria em risco a estabilidade dos Estados Unidos. O Partido Democrata tem se esforçado para mobilizar eleitores e reforçar a importância da votação antecipada, especialmente em estados decisivos como a Pensilvânia.
O discurso de Trump reflete a crescente tensão política nos EUA, com o republicano apelando para medidas radicais em meio à desconfiança sobre a legitimidade do processo eleitoral. Em um comício na segunda-feira (14), Trump sugeriu que seus oponentes políticos deveriam ser julgados em tribunais militares, intensificando o tom de sua campanha. A declaração veio acompanhada de promessas de revitalizar a economia e questionamentos sobre a confiabilidade dos dados governamentais, em contraste com a campanha democrata, que busca ampliar o apoio entre eleitores tradicionalmente desfavorecidos.