O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços rebateu, em uma nota técnica, as informações de que os gastos com apostas esportivas online, as chamadas bets, provocaram queda no varejo e aumentaram o endividamento dos brasileiros. A pasta também questiona conclusões do Banco Central sobre gastos de famílias com as apostas.
O documento foi elaborado pelo ministério comandado pelo atual vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), a pedido da Advocacia-Geral da União. A solicitação ocorreu após uma ação no Supremo Tribunal Federal que pede suspensão da lei de bets. O setor está em fase de regulamentação pelo Planalto.
A ação foi iniciada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. A entidade afirma que a expansão das apostas no Brasil provocam o endividamento das famílias e prejudica a economia doméstica e o comércio varejista. Já a pasta em questão rebate com argumentos de que os dados de comércio no país não permitem identificar uma desaceleração do setor.
Recentemente, uma análise técnica feita pelo Banco Central apontou que os beneficiários do Bolsa Família, que fazem apostas esportivas online, gastaram R$ 3 bilhões em bets via Pix no mês de agosto.
Por mais que o Governo de Lula e Alckmin tente aumentar a arrecadação a todo custo, não há como encobrir os estragos já visíveis provocados pelas apostas nas camadas mais vulneráveis da nossa população.
Esse é apenas o início do que vem pela frente.