O governo brasileiro pediu um cessar-fogo imediato entre Israel e o grupo terrorista Hezbollah, destacando sua “grave preocupação” com as operações militares israelenses no sul do Líbano. Em nota divulgada pelo Itamaraty, o Brasil condenou as incursões terrestres de Israel e as ações aéreas visando eliminar lideranças paramilitares do terrorismo. Contudo, o governo de Lula permaneceu em silêncio sobre o recente bombardeio do Irã contra Israel, no qual cerca de 180 mísseis foram disparados em direção ao território israelense.
A resposta do Itamaraty chamou a atenção para o respeito à soberania do Líbano, mas ignorou completamente o papel do Irã no conflito, um aliado estratégico de Lula e do seu governo. Enquanto Israel defende suas ações militares como uma resposta à ameaça do Hezbollah, o Brasil não teceu críticas ao Irã, cujo apoio a grupos extremistas como o Hezbollah tem sido amplamente reconhecido. O governo brasileiro limitou-se a pedir moderação de “todas as partes envolvidas”, sem mencionar o lançamento de mísseis por parte do Irã.
Enquanto isso, a Embaixada Brasileira em Beirute segue oferecendo assistência aos brasileiros no Líbano, com a previsão de evacuação de 220 cidadãos em breve. O Itamaraty também reforçou o apelo para que os brasileiros deixem as áreas de conflito e sigam as orientações de segurança locais.