Israel teria implementado uma estratégia inovadora para atacar militantes do Hezbollah, criando uma empresa de fachada na Hungria com o objetivo de vender dispositivos de comunicação, como pagers e walkie-talkies, ao grupo terrorista. Esses dispositivos, posteriormente, foram usados para localizar e eliminar membros do Hezbollah por meio de explosivos implantados. De acordo com o pesquisador Vitelio Brustolin, da UFF e Harvard, a operação foi detalhada por fontes israelenses e é vista como parte de uma campanha mais ampla contra o Hezbollah.
Essa tática, segundo especialistas, é uma resposta à mudança do Hezbollah para tecnologias menos rastreáveis, buscando evitar a vigilância por celulares. Ao explorar essas vulnerabilidades, Israel intensificou os ataques contra o grupo apoiado pelo Irã, desencadeando uma série de explosões que, em um único dia, resultaram na morte de 12 pessoas no sul do Líbano. O ministro da Defesa israelense, Yoav Galant, chamou a operação de um “novo centro de gravidade” na luta contra o Hezbollah, sugerindo que mais ações coordenadas estão por vir.
Nos últimos dias, os confrontos entre Israel e Hezbollah têm se intensificado, com ataques aéreos e bombardeios na região fronteiriça. Apesar do aumento das hostilidades, a missão de paz da ONU relatou que a troca de disparos entre os dois lados mantém um ritmo constante. As ações de Israel, que incluem a destruição de depósitos de armas do Hezbollah, são vistas como uma antecipação de um possível conflito mais amplo envolvendo o grupo e seus aliados na região.