O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), recusou o uso de recursos públicos para a Parada do Orgulho LGBTI+ de Florianópolis, enquanto o PSOL de Santa Catarina busca garantir a participação de crianças em eventos similares no interior do estado. Mello justificou sua decisão afirmando que o governo estadual apoiará apenas projetos “estritamente” culturais, excluindo aqueles que promovem “pautas ideológicas”. O PSOL, por sua vez, moveu uma ação judicial para contestar uma lei municipal que proíbe a presença de menores em eventos do tipo.
A Parada, que estava inicialmente programada para setembro, foi adiada para 17 de novembro de 2024 devido à Lei Eleitoral, que impede a Prefeitura de Florianópolis, principal fonte de recursos do evento, de apoiar atividades a menos de 90 dias das eleições municipais. Apesar de a organização buscar outros patrocinadores, os recursos obtidos até o momento não são suficientes para a realização completa do evento.
A ação judicial do PSOL visa garantir que crianças e adolescentes possam participar da 7ª Parada de Luta LGBTQIA+ do Oeste Catarinense, contrariando a Lei Municipal nº 8.090/2024, aprovada em Chapecó, que proíbe a presença de menores em eventos do tipo. Conservadores criticam a medida, interpretando-a como uma tentativa de enfraquecer os valores tradicionais e a proteção de crianças contra conteúdos inadequados.