O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e o vice-governador Thiago Pampolha (MDB), enfrentam acusações de terem praticado gastos ilícitos na campanha eleitoral de 2022, totalizando R$ 1.042.825,28. O desembargador eleitoral Rafael Estrela Nóbrega, do TRE-RJ, determinou a preclusão do direito de produção de prova testemunhal para ambas as partes, devido à não apresentação das testemunhas dentro do prazo. A Procuradoria pede a cassação dos diplomas dos acusados e a declaração de inelegibilidade por oito anos.
Entre as irregularidades apontadas pela Procuradoria, destaca-se a contratação de empresas com número reduzido de empregados, levantando suspeitas sobre a capacidade operacional destas. O magistrado também deu um prazo de cinco dias para a produção de prova documental suplementar e para que a Procuradoria informe se insiste na produção de prova pericial. A defesa de Castro e Pampolha solicitou a inclusão da prestação de contas da campanha de 2022 ao processo.
Em um caso separado, Cláudio Castro é investigado por corrupção passiva e peculato, relacionados a desvios em programas sociais do estado. Flávio Chadud, empresário envolvido no caso, solicitou ser ouvido pela PGR, alegando que seu indiciamento se baseia em mentiras sustentadas por delatores. Segundo as investigações, Castro teria recebido cerca de R$ 400 mil entre 2017 e 2019, quando ainda era vice-governador. Chadud nega as acusações e destaca a necessidade de esclarecimentos adicionais para garantir um julgamento justo.