A Procuradoria Geral da República (PGR) emitiu um parecer favorável à libertação de Filipe Martins, ex-assessor para Assuntos Internacionais do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A petição, assinada pelo procurador-geral Paulo Gonet, destaca a falta de evidências concretas de que Martins teria tentado fugir do país, como alegado na operação Tempus Veritatis da Polícia Federal. Segundo o documento, dados telemáticos e informações fornecidas pelo próprio ex-assessor indicam que ele permaneceu no Brasil durante o período questionado.
Martins foi preso em 8 de fevereiro de 2024, com base na decisão do ministro do STF, Alexandre de Moraes, que aceitou o argumento da PF de que o ex-assessor estaria foragido e havia risco de fuga. No entanto, registros de geolocalização do celular de Martins e outras evidências sugerem que ele estava em território nacional, contradizendo a versão apresentada pelas autoridades. A prisão foi baseada na suposta viagem de Martins aos Estados Unidos em 30 de dezembro de 2022, mas essa informação nunca foi confirmada pelas autoridades de imigração.
A PGR também destacou que o paradeiro de Martins era conhecido, sendo ele encontrado no apartamento de sua namorada em Ponta Grossa (PR), comprovado com fotos publicadas em perfil aberto na internet também indicavam sua presença no Brasil. Atualmente, Filipe Martins está detido no Complexo Médico Penal de Pinhais (PR).