A Organização dos Estados Americanos (OEA) não conseguiu alcançar um consenso nesta quarta-feira (31) para pressionar as autoridades venezuelanas a publicar e verificar imediatamente os resultados das eleições que declararam Nicolás Maduro como vencedor, em parte devido à abstenção do Brasil, governado pelo PT, partido que reconheceu a fraude eleitoral da ditadura. Apesar das críticas por falta de transparência de organismos internacionais e líderes regionais, como Gustavo Petro (Colômbia) e o petista Lula da Silva (Brasil), a resolução proposta exigia a divulgação imediata dos resultados eleitorais e uma auditoria completa com observadores internacionais independentes.
Após um debate de mais de cinco horas a portas fechadas, os representantes dos países da OEA não conseguiram um acordo, resultando em uma votação no Conselho Permanente da OEA que favoreceu ao ditador Nicolás Maduro. No entanto, a resolução não foi aprovada, faltando apenas um voto para alcançar a maioria absoluta necessária. “Não conseguimos enviar juntos uma mensagem contundente”, declarou Ronald Michael Sanders, presidente do Conselho e representante de Antígua e Barbuda, lamentando a falta de flexibilidade entre os países membros.
O Brasil, junto com a Colômbia e outros países, optou por se abster na votação. Um total de 17 membros votaram a favor, enquanto 11 se abstiveram e cinco estiveram ausentes, incluindo Venezuela e México. A oposição venezuelana, liderada por María Corina Machado e Edmundo González, contesta os resultados e exige a publicação das atas eleitorais, enquanto a pressão internacional aumenta para garantir a transparência e legitimidade do processo eleitoral na Venezuela.