Nicolás Maduro, ditador da Venezuela, anunciou que pediu à Suprema Corte do país, controlada por seus aliados, para realizar uma auditoria das eleições presidenciais recentes. A oposição apresentou evidências de fraude que teriam beneficiado Maduro na reeleição. O pedido ocorreu após Lula da Silva (PT) sugerir que a disputa fosse levada à justiça venezuelana, em meio a acusações de fraude e apelos internacionais por transparência na contagem dos votos. Apesar das suspeitas de manipulação, o atual presidente defende a legitimidade de sua vitória.
Em um discurso a jornalistas internacionais, Maduro alegou que a oposição e a comunidade internacional estariam planejando um golpe de estado contra seu governo. Ele acusou os líderes oposicionistas Edmundo González e María Corina Machado de serem os responsáveis pelos protestos contra os resultados eleitorais, sugerindo que eles deveriam ser presos. O Ministério Público, que também é alinhado com o regime de Maduro, está investigando esses líderes, enquanto vários de seus colaboradores já foram detidos.
Lula, considerado por alguns como uma figura que permanece em cima do muro, foi convocado pela oposição como mediador na questão. Ele afirmou que não vê nada de anormal no processo eleitoral da Venezuela, sugerindo que a Justiça deve resolver as disputas. No entanto, a Suprema Corte venezuelana, liderada por Lourdes Suárez Anderson, aliada de Maduro é sancionada internacionalmente por lavagem de dinheiro, financiamento do terrorismo e financiamento para a proliferação de armas de destruição massivas, pelo qual é vista como incapaz de garantir uma decisão imparcial, o que pode pré-determinar o resultado da auditoria proposta por Maduro e Lula.