Apesar de o presidente Joe Biden ter endossado Kamala Harris como sua sucessora na corrida pela Casa Branca, muitos democratas parecem esquecer o pedido e ainda consideram Michelle Obama para pegar o bastão de Biden. Em uma pesquisa da Reuters/Ipsos, divulgada antes da tentativa de assassinato do ex-presidente Donald Trump, Michelle Obama aparecia como a única democrata capaz de concorrer contra o ex-presidente republicano. No entanto, a ex-primeira-dama tem reiterado várias vezes que não tem interesse em concorrer à presidência dos Estados Unidos.
Neste cenário, a atual vice-presidente Kamala Harris enfrenta uma baixa popularidade, com 51% dos americanos desaprovando seu desempenho, de acordo com o FiveThirtyEight. Embora Biden tenha declarado seu “total apoio e endosso para que Kamala seja a candidata de nosso partido este ano”, Barack Obama por exemplo preferiu não se manifestar em favor de Kamala Harris ou de outro candidato. A pesquisa também mostra que, em um confronto direto, Harris teria 42% dos votos contra 43% de Trump, o que indica uma corrida acirrada dentro da margem de erro de 3,5 pontos percentuais.
Além de lidar com a desaprovação, Harris defende abertamente o direito ao aborto, uma pauta polarizadora que promete acirrar ainda mais a disputa eleitoral, com Trump caminhando em uma direção firme contra o progressismo e afirmando que não vai reconhecer o travestismo e o transexualismo. Em uma postagem nas redes sociais, Harris afirmou que fará “tudo ao meu alcance para unir o Partido Democrata – e unir nossa nação – para derrotar Donald Trump e sua agenda extrema”. Contudo, a popularidade de Harris e as políticas progressistas que ela representa serão grandes problemas a serem superados na tentativa de garantir uma vitória democrata.