O mercado financeiro reage com extremo nervosismo e desconfiança diante das declarações de Lula sobre a economia. Dia sim e dia também o petista teima em criticar duramente o Banco Central, com foco no atual presidente da instituição – passando a impressão de que toda a crise se concentra na atual taxa básica de juros, atualmente em 10,5% ao ano.
Em entrevista a uma rádio de Salvador, o atual presidente disse que há um jogo de interesse especulativo contra o real e o Governo avalia medidas. Segundo o próprio, a reação de alta da moeda americana, logo após as críticas feitas por ele a Roberto Campos Neto, não têm explicação.
Mais uma vez, Lula disse que o próximo presidente do BC vai olhar para o Brasil como ele é, longe dos moldes do sistema financeiro. Em outro momento, desta vez mostrando um certo descontrole emocional, afirmou que não deve prestar contas para banqueiros ou ricos, e sim ao povo pobre do país.
O discurso descabido e semelhante aqueles tão rasos e já habituais, durante todo o período eleitoral, tenta encobrir quem mais sente os efeitos do atual momento econômico: os mais pobres. Essa imensa camada está cercada pela inflação alta e pelo desemprego ainda persistente.
Não há como negar que o petismo é o maior responsável pelo derretimento do real frente ao dólar, que já encosta nos R$ 5,70.