O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), se reuniu com o Papa Francisco na manhã desta quinta-feira (6) no Vaticano para discutir a criação de um imposto mundial sobre multimilionários e grandes corporações. A proposta petista que supostamente irá combater às mudanças climáticas e à fome no mundo, está sendo elaborada com a ajuda da vencedora do prêmio Nobel de Economia Esther Duflo e do economista Gabriel Zucman. Durante a audiência, Haddad buscou obter o apoio do pontífice, afirmando que “uma inclinação afetuosa do espírito para a vida é o caminho para uma sociedade mais justa, fraterna e solidária”.
A equipe econômica de Haddad acredita que uma declaração pública do Papa Francisco poderia influenciar outros líderes mundiais a apoiarem a proposta. O plano prevê que grandes corporações sejam tributadas com uma alíquota de 15% e que os multimilionários paguem pelo menos 2% de sua riqueza total anualmente. Os fundos arrecadados seriam destinados a um fundo social para combater a pobreza e financiar projetos ambientais. Em um evento co-organizado pela Universidade de Columbia e pela Pontifícia Academia das Ciências Sociais, Haddad destacou a importância da cooperação internacional, especialmente à luz das recentes enchentes no Rio Grande do Sul.
Durante sua visita ao Vaticano, Haddad também participou de reuniões bilaterais e da conferência “Enfrentando a crise da dívida no Sul Global”, onde enfatizou a necessidade de um esforço conjunto para enfrentar a crise climática e a desigualdade global. “Uma economia global de laços que combatam a miséria e a pobreza”, reiterou Haddad em seu perfil na rede social X, compartilhando fotos ao lado do Papa Francisco.