A Petrobras anunciou oficialmente o pagamento de 50% de dividendos extraordinários aos acionistas. Serão liberados cerca de R$ 21,95 bilhões, de um total de R$ 43,5 bilhões. O pagamento vai ocorrer em duas parcelas e prevê R$ 2,79 por ação (já incluído os proventos ordinários). A União, detentora da maior fatia, ficará com R$ 6 bilhões. O valor pode parecer alto, mas distante do que foi desejado por Lula e boa parte de sua cúpula.
Toda a polêmica em torno dos dividendos ocorreu porque o petista foi contrário a esse pagamento – que é de total direito aos investidores da petrolífera. O Governo tinha a intenção de reter todo o valor para ser usado em ‘investimentos no país’, sem explicar para onde iria o montante.
O 011 News acompanhou de perto essa situação. Até mesmo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se posicionou favorável ao mercado financeiro e convenceu o atual presidente de que os cofres públicos também teriam ganhos expressivos com os proventos. No momento de maior tensão, o presidente da companhia, Jean Paul Prates, quase foi demitido e o ‘companheiro’ Aloizio Mercadante, do BNDES, por pouco não assumiu o cargo.
A história recente não nos leva a boas recordações entre PT e Petrobras.
A equação para se evitar erros já cometidos é bastante simples: menos intervenção do Estado significa mais independência. Logo, maior confiança dos investidores nacionais e internacionais. O resultado disso é uma empresa sólida e confiável.
Por pouco, não estivemos diante de outro monstro saindo da jaula.