O município de Hulha Negra, no estado do Rio Grande do Sul, enfrenta momentos de tensão devido à presença de dois acampamentos, um do MST com mais de 300 pessoas e outro de fazendeiros locais que defendem seus pertences. Com apenas duas viaturas da Brigada Militar separando os grupos, a situação atingiu um ponto crítico, com proprietários e moradores anunciando medidas em caso de desrespeito ao direito à propriedade.
Os ânimos se exaltaram ao longo da semana, com o MST pressionando por uma reforma agrária mais rápida e ameaçando invadir propriedades para chamar a atenção do Governo Federal. Os fazendeiros, por sua vez, declaram estar prontos para reagir a qualquer tentativa de invasão, enfatizando a defesa do direito de propriedade.
Diante desse clima beligerante, representantes da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) foram a Brasília em busca de uma solução política para evitar o confronto. A Frente Parlamentar Invasão Zero também entrou em cena, com os produtores rurais apresentando evidências ao Ministério Público Federal sobre possíveis irregularidades em assentamentos do MST, incluindo suspeitas de vendas ilegais de terras da Reforma Agrária e a presença de estrangeiros nos acampamentos.