Em meio à pré-campanha eleitoral em São Paulo, a disputa entre o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), candidato da ultra-esquerda, atingiu novos patamares. Nunes não hesitou em rebater as críticas de Boulos sobre sua participação na manifestação bolsonarista, fazendo uma associação direta com o grupo terrorista palestino Hamas. “Comentários de dissimulado, invasor. Que fique lá abraçado com o Hamas”, disparou Nunes em resposta às acusações do pré-candidato do PSOL.
Enquanto Boulos persiste em sua estratégia de pré-campanha, vinculando a imagem de “bolsonarista envergonhado” ao prefeito emedebista, a campanha de Ricardo Nunes avança com ações contra a propaganda de grupos de esquerda. Na semana passada, a Prefeitura de São Paulo retirou placas com pichações contendo o nome de Boulos em uma obra de drenagem na Zona Sul da capital. O prefeito, por sua vez, negou qualquer motivação política na remoção das placas e acusou um cineasta de vandalismo, desencadeando um confronto verbal.
Recentemente, Nunes recebeu um impulso político considerado importante pelo grupo que o sustenta, com o apoio do filho do ex-prefeito Bruno Covas, Tomás Covas. O jovem político refutou as acusações de que Nunes teria traído o legado de seu pai (morto em 2021) ao se alinhar com o ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmando que a gestão de Nunes é de “centro”, e não bolsonarista.