O Senado debateu a obrigatoriedade da vacinação contra a Covid-19 em crianças de seis meses a 5 anos, com o foco em incluir ou não a vacina no Programa Nacional de Imunizações. A inclusão do imunizante no programa torna a aplicação obrigatória, com previsão de multas e perda de benefícios sociais em caso de descumprimento aos responsáveis. O debate foi solicitado pelo senador Eduardo Girão (Novo-CE), que ressaltou a necessidade de discutir os riscos e possíveis danos da vacinação infantil.
A sessão contou com especialistas na área da saúde, como pneumologistas, biólogos, virologistas, ginecologistas, radiologistas, epidemiologistas e médicos cirurgiões. O Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece a obrigatoriedade da vacinação infantil nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias, seguindo as diretrizes da Organização Mundial da Saúde. Vale ressaltar que a vacina contra a Covid-19 está presente no calendário anual de imunização para grupos prioritários, incluindo idosos, pessoas imunocomprometidas, profissionais de saúde, gestantes, indígenas, entre outros.
“Uma grande preocupação que tenho é em saber o porquê em nenhum outro país tem essa imposição. Temos que ouvir os especialistas, cientistas, médicos do Brasil e de fora do Brasil”, disse Girão.
O pedido para a sessão foi subscrito pelos líderes do PL, senador Carlos Portinho (RJ), do Podemos, senador Oriovisto Guimarães (PR), do PP, senadora Tereza Cristina (MS) e do PSDB, senador Izalci Lucas (DF). Os parlamentares avaliam a suspeita de um possível ‘lobby’ da indústria farmacêutica para incluir a vacina no PNI.