O ministro Benjamin Zymler, do Tribunal de Contas da União (TCU), determinou uma investigação sobre um contrato assinado entre a Petrobras e a Unigel, que poderia resultar em um prejuízo de R$ 487 milhões para a estatal, segundo estimativas técnicas reveladas por Lauro Jardim, colunista do Globo. O contrato em questão refere-se à produção de fertilizantes em fábricas arrendadas pela Unigel na Bahia e em Sergipe, apesar de essas unidades terem sido hibernadas pela empresa em 2023 devido a dificuldades financeiras.
O ministro Zymler questionou a decisão da Petrobras de manter o arrendamento, afirmando que a estatal assume o ônus de uma operação deficitária considerável. Além do possível prejuízo, a área técnica do tribunal identificou “indícios de irregularidades” no contrato, incluindo falhas nas justificativas para o negócio e a aprovação por apenas um diretor, com a assinatura de um gerente executivo sem a participação das instâncias superiores.
A Petrobras enfrenta um dilema complexo, visto que, após oito meses, terá que decidir novamente sobre o arrendamento. Alternativas apresentadas pelo TCU, como a retomada das plantas pela Petrobras ou a recusa do contrato, são apontadas como opções com prejuízos maiores. O episódio coloca em evidência preocupações sobre a gestão e as decisões estratégicas da Petrobras, especialmente em transações que envolvem parceiros com dificuldades financeiras.