ONGs pró-democracia cubanas denunciam que o regime comunista da Havana está prestes a forçar a prisioneira política Lisdany Rodríguez Isaac a fazer um aborto contra sua vontade. Rodríguez Isaac, uma cidadã cubana de 25 anos, está atualmente cumprindo uma sentença de oito anos, acusada de participar dos protestos anticomunistas de julho de 2021. Sua manifestação pacífica, pedindo o fim de mais de seis décadas de governo comunista, resultou em acusações de desordem pública, desobediência e agressão.
A ONG Prisoners Defenders compartilhou um vídeo nas redes sociais com uma gravação de áudio da mãe de Rodríguez Isaac, Barbarita Isaac Rojas, alegando que sua filha está quase sete semanas grávida e está sendo ameaçada com um aborto forçado.
No áudio, Isaac Rojas afirma: “Agora a Segurança do Estado quer obrigá-la a tirar o bebê. E então ela me disse que ia ver se eu denunciaria isso porque ela não quer tirar a criança. Ela se sente muito mal”.
Isaac Rojas também enfatizou a falta de comida e remédios e a coerção contra sua filha para forçá-la a fazer um aborto.
Javier Larrondo, presidente da Prisoners Defenders, condenou as ações relatadas pelas autoridades cubanas, afirmando: “Um aborto forçado contra a vontade de uma mãe e sem motivo clínico não é nada menos que um assassinato como produto do terrorismo de Estado.”
Rodríguez Isaac e seu marido, ambos prisioneiros políticos, aguardavam ansiosamente a chance de ter um filho, tornando essa situação ainda mais angustiante. A ONU já utilizou este relatório anteriormente para denunciar a repressão e controle das práticas religiosas em Cuba sob o regime de Castro.