Um tribunal russo sentenciou uma mulher a 27 anos de prisão por um atentado com explosivos em um café que resultou na morte do blogueiro pró-guerra Vladlen Tatarsky.
Simultaneamente, em um processo separado, um tribunal em Moscou condenou a quatro anos o ex-líder de rebeldes separatistas na Ucrânia que chamou o presidente Vladimir Putin de “covarde”.
Darya Trepova, 26 anos, foi condenada por um tribunal na cidade de São Petersburgo por realizar um ataque terrorista, tráfico ilegal de dispositivos explosivos e falsificação de documentos no atentado de 2 de abril em um café à beira de um rio. No ataque, Tatarsky, de 40 anos, um ardente apoiador da ação militar do Kremlin na Ucrânia, morreu, e 52 pessoas acabaram sendo feridas.
Imagens de vídeo mostraram Trepova entregando a estátua a Tatarsky momentos antes da explosão no café, no centro histórico da segunda maior cidade da Rússia, onde ele liderava uma discussão.
Trepova afirmou que não sabia que a estátua continha uma bomba. As autoridades russas culpam as agências de inteligência ucranianas por orquestrar o atentado, embora as autoridades em Kiev não tenham respondido diretamente à acusação.
Simultaneamente, em Moscou, Igor Girkin, também conhecido como Strelkov, ex-líder proeminente dos combatentes separatistas apoiados pela Rússia na região de Donetsk, foi condenado a quatro anos de prisão. Girkin foi brevemente ministro da Defesa autoproclamado do governo separatista e deixou o cargo em agosto de 2014, depois que as forças rebeldes derrubaram um avião de passageiros malaio sobre Donetsk, matando todas as 298 pessoas a bordo.
Girkin chamou Putin de uma pessoa de “mediocridade covarde”. Ele foi preso em julho por acusações de extremismo e permaneceu sob custódia desde então.
A sentença de Girkin foi consideravelmente menos severa do que as impostas a algumas figuras que denunciaram a guerra, especialmente a sentença de 25 anos imposta ao líder da oposição Vladimir Kara-Murza.
A sentença de Trepova é a mais longa imposta a uma mulher na Rússia moderna, de acordo com o site Mediazona, que relata questões de direitos humanos e justiça.