O governo liderado por Lula (PT) efetuou o pagamento de R$ 4,6 bilhões em compromissos financeiros internacionais correspondentes a 2023. Essa quitação abarcou não apenas contribuições regulares a organismos internacionais, mas também a integralização de cotas de bancos multilaterais e recomposições de fundos globais. Dentre os montantes honrados, merece destaque o aporte de R$ 289 milhões ao orçamento regular da ONU e R$ 1,1 bilhão referente a missões de paz, garantindo ao Brasil o direito de voto na Assembleia Geral das Nações Unidas em 2024.
A relevância dessas transações suscita questionamentos sobre seu impacto na política brasileira, especialmente quando se observa organizações como a ONU exercendo pressão sobre países para a adoção de políticas específicas, como a redução das emissões de carbono. A imposição de penalizações, incluindo a exclusão de comissões internacionais, coloca em dúvida a manutenção da soberania nacional diante desses compromissos.
Citado pelo Brasil Paralelo, o professor Alexandre Costa alerta para os riscos associados a essa ideologia de governança global compartilhada, que ameaça a livre determinação dos povos e as soberanias nacionais. Um exemplo ilustrativo desse dilema é a imposição de leis ambientais pela ONU, que pode resultar em penalizações, evidenciando a tensão entre a cooperação internacional e a preservação da autonomia nacional. Costa define essa ideologia como um conjunto de iniciativas e fenômenos que buscam criar um ambiente de governança global, sobrepondo-se às soberanias nacionais e aos direitos naturais dos indivíduos, representando, de maneira geral, uma ameaça à livre determinação dos povos.